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DIGA NÃO À BELO MONTE
Você sabe o que é Belo Monte?
A Usina de Belo Monte, se construída, será a terceira maior do mundo, e parte do imenso Rio Xingu será represado, serão construídos dois canais que desviarão o leito original do rio, alterando seu potencial hídrico, alagando permanentemente igarapés, destruindo cavernas e sítios arqueológicos, causando a morte de peixes.
Uma área de 500km2 será desmatada para a construção de reservatórios, escavações da ordem de grandeza comparáveis ao canal do Panamá e área de alagamento de 516 km2, o que equivale a um terço da cidade de São Paulo, afetando a vida cultural e econômica de diversos povos da bacia do Xingu.
Será que o Brasil precisa de Belo Monte?
A usina hidrelétrica de Belo Monte vai operar muito aquém dos 11.223 MW, devendo gerar em média apenas 4.428 MW, devido ao longo período de estiagem do rio Xingu. Além disso, Belo Monte produzirá energia a quase 5.000 km de distância dos centros consumidores, com consideráveis perdas decorrentes na transmissão da energia, devido à longa distância.
Qual seria a solução?
Esse modelo de gestão e distribuição de energia a longas distâncias está ultrapassado, o governo federal deveria planejar sua matriz energética de forma mais diversificada, investir em pequenas usinas hidrelétricas, energia de biomassa, eólica (movido pelos ventos) e solar, investir em energias alternativas ao invés de sempre optar por grandes obras hidrelétricas que afetam profundamente determinados territórios ambientais e culturais.
A informação à população de como fazer uso mais eficiente dos recursos energéticos, evitar o desperdício, utilizar lâmpadas de baixo consumo, aparelhos eletroeletrônicos com melhor nível de eficiência energética, são ações simples que desempenham um papel fundamental nesse cenário.
A construção de Belo Monte beneficiará a quem?
O Rio Xingu possui uma população de 13 mil índios e 24 grupos étnicos vivendo ao longo de sua bacia. Com a construção da hidrelétrica, essas populações serão submetidas aos riscos de insegurança alimentar (escassez de pescado), insegurança hídrica (diminuição dos níveis de água e possíveis problemas para deslocamento com barcos ou canoas) e problemas de saúde pública (aumento na incidência de diversas epidemias, como malária, leishmaniose e outras).
Além dos impactos sobre a fauna e flora local, são 174 espécies de peixes, 387 espécies de répteis, 440 espécies de aves e 259 espécies de mamíferos, algumas espécies endêmicas (aquelas que só existem na região), e outras ameaçadas de extinção.
A bacia do Xingu apresenta significante riqueza de biodiversidade de peixes, com cerca de quatro vezes o total de espécies encontradas em toda a Europa. Essa biodiversidade é devida inclusive às barreiras geográficas das corredeiras e pedras da Volta Grande do Xingu, no município de Altamira (PA), que isolam em duas regiões o ambiente aquático da bacia. O sistema de eclusa (construção que permite que barcos subam ou desçam rios ou mares em locais onde há desníveis) poderia romper esse isolamento, causando a perda irreversível de centenas de espécies.
A construção de Belo Monte beneficiará, apenas, as construtoras privadas que ganharam a licitação e as empresas de mineração que depredam a Amazônia, mas quem paga a conta somos nós.