--- Em qui, 19/5/11, Pedro S. Teixeira <> escreveu: De: Pedro S. Teixeira <> Assunto: [sociedade-vegetariana-brasileira] RESPOSTA - Revista Superinteressante Para: Data: Quinta-feira, 19 de Maio de 2011, 14:33
*Segue a resposta da Revista Superinteressante ao email enviado pelo ativista Rodrigo. *
Rodrigo,
Recebemos sua mensagem sobre a reportagem "E Se a gente parasse de comer carne". Obrigada por escrever. E Se é uma seção da SUPER em que imaginamos a realidade a partir de uma determinada premissa. Nesse caso, a de que a humanidade virasse vegetariana. O intuito é entender que reflexos uma mudança como essa teria na sociedade. Para criar essa nova realidade, buscamos dados e fazemos entrevistas com especialistas no assunto. Elaboramos o texto e as ilustrações da reportagem com base nessas fontes. Todas as conclusões apresentadas na seção são, portanto, fruto de apuração. As fontes estão listadas no fim do E Se. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender adeptos ou simpatizantes do vegetarianismo. E lamento se deixamos essa impressão. Peço que nos avise se encontrar qualquer erro factual na reportagem para que possamos checar os dados. Fique à vontade para escrever para a SUPER sempre que tiver comentários, sugestões ou reclamações. Obrigada e abs.
Larissa Santana editora
Revista SUPER
Email do Rodrigo
Comentário sobre E se a gente parasse de comer carne? na edição de maio de 2011
http://super.abril.com.br/alimentacao/se-gente-parasse-comer-carne-626159.shtmlPensar como vai ser a vida num planeta Terra Vegetariano é um exercício de futurologia e concentração muito bom. Mas, a meu ver, a revista cometeu várias falhas. Vou comentar aqui alguns trechos do artigo. não teriam mais função nas fazendas Nessa realidade (dificil de prever, sobre tudo com um pensamento antropocentrista) os animais poderiam viver livres em reservas e parques naturais. *Talvez* seu excremento pudesse ser utilizado para nutrir o solo de fazendas orgânicas.
Agora, o mais importante aqui é dizer que *os animais não precisam que nós* *humanos atribuamos funções para eles*. Eles nascem, crescem, vivem, fazem escolhas, sentem dor e prazer, dorme e sonham, transam e se reproduzem *SEM* a nossa interferência, sem que a gente precise dar funções a eles. Os animais são sustentáveis e autossuficientes, desde que não sejam enjaulados e domesticados, escravizados e desnaturados. daria para aproveitar um ou outro para puxar carroça.
mas que péssimos vegetarianos seríamos, hein? Comendo batata frita e dando de relho em éguas e cavalos! Numa sociedade eminentemente vegetariana ninguém nem saberia como prender alguém a uma carroça a menos que fosse pesquisar isso para, sei lá, fazer um filme ou escrever uma enciclopédia.
Essa passagem do texto evidencia que (por ignorância ou propositalmente) a revista prefere não se pronunciar sobre os motivos que levam cada vez mais pessoas viverem o vegetarianismo. *boizinho teria de enfrentar até onça.* Aqui a revista teve uma enorme dificuldade em se colocar no lugar do outro. Isso é uma falha no jornalismo e na vida. Enfrentar onças ou qualquer outro predador não-humano é muito mais fácil e justo do que enfrentar o *homo sapiens*. Na natureza as novas gerações de bovinos livres teriam seus chifres longos e estariam protegidos pelo espírito da manada (quem assistiu a batalha de kruger, por exemplo, sabe o que é isso).
Então, o que é uma onça para quem enfrenta hoje: separação da mãe nas primeiras semanas de vida, marcação a ferro e fogo, mochamento (mutilação dos chifres), engorde precoce em pastagens que devastam ecossistemas inteiros, pesticidas, antibióticos, transporte em caminhões nojentos, fila desesperadora para o abate e o abate covarde e solitário, com métodos violentos e cruéis e poluidores. Uso indevido de sua pele em adornos, roupas, sapatos e objetos de gosto macabro e desnecessário. o açougue do lado da sua casa estaria fechando as portas, junto com abatedouros e frigoríficos.
E seria uma grande festa em cada um desses estabelecimentos. Seus funcionários livres das roupas brancas manchadas de sangue, das botas de borracha, das mãos assassinas e do frio das câmaras frias.
Com programas estatais e a vontade dessa nova e inesperada população vegetariana, os açougues virariam sacolões (feiras de frutas e hortaliças). Os matadouros seriam demolidos e transformados em pomares e hortas publicas e orgânicas (alguns poderiam ser preservados como museus, ao estilo (Auschwitz). Toda a indústria que hoje produz produtos com crueldade produziria alimentos com mais vida.
Comeríamos pratos ainda mais diversificados, já que a sociedade vegetariana global seria unida em torno dessa vivência pacífica. Quanto à saúde, *a revista está desinformada* e a dieta veg é capaz de sustentar com qualidade o ser humano em qualquer idade, incluindo grávidas, de acordo com a OMS. Mas dependeria muito do tipo de culinária. Com fast-food e rodízios de pizza veg... ficaria tudo igual... mas é possível ao longo dos anos aprendêssemos uma nova relação com a comida e a atual epidemia de obesidade, câncer e problemas cardíacos diminuísse.
*Câmbio negro*
* * *Sendo todos veg não haveria um mercado pirata. Assim como atualmente* *não há **açougues clandestinos que vendam carne de crianças. Se ``o mundo* *o mundo todo resolveu parar de comer carne`` como condiciona o texto,* é sinal de que temos razões de sobra para isso. * * ** * De qualquer forma, parabéns pela pauta, que vai de encontro à crescente necessidade de um mundo cada vez mais vegetariano. Contudo, o acúmulo de erros, especulações levianas e enganos foi tanto que a revista deveria refazer a matéria, de uma forma mais longa, séria e comprometida, ouvindo e citando especialistas em várias áreas de conhecimento.
Isso é necessário para que a Superinteressante não passe a ser vista como uma publicação que desinforma e confunde seu leitor.
Inspiração e muita feijoada vegana pro6,
Rodrigo
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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