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domingo, 13 de março de 2011

POLÍTICA E RELIGIÃO

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Qua, 13 de março de 2011

"MUTIRÃO PARA UM NOVO ACRE": O que podemos fazer?
Frente a globalização da economia que está na mão de poucas pessoas e que exclui 5 bilhões de pessoas, a única saída é a globalização da política. a organização de grupos permanentes de pessoas interessadas no bem comum, especialmente dos excluídos.
Política não é politicagem, é participar das lutas para o bem do povo. Política não é só votar, mas lutar a vida inteira em favor do povo sofredor e injustiçado.
Politicagem é usar a política para interesses pessoais ou grupais sem respeito ao bem comum.
Política partidária não é só o meio para manter ou conseguir o poder, mas o meio para que todos cidadãos participem na construção de uma sociedade diferente.
As eleições são um meio de participar da política, não o único meio. As eleições são muito importantes porque podem decidir os rumos do país, da cidade e do estrado.
A melhor maneira de participar da política é participar da luta pelo bem comum todo tempo e não só em tempo de eleições.
Não votar é lavar as mãos como Pilatos. Ninguém fica neutro. Não votar é ficar do lado dos mais fortes, dos que matam os outros pela fome, pelo salário, etc. É isso que os grandes esperam: que a gente não vote ou vote nulo.
Quem se deixa comprar é tão corrupto como quem compra.
"Vender o voto é promover o corrupto e tornar-se cúmplice da corrupção dele".
Dizer que todos os partidos e candidatos são iguais é como dizer que todos os gatos são pardos. O mesmo Deus faz opção política (Lc 4,18-20; Ecli 13,1-23).
O mais importante não é a pessoa, mas a prática do partido a que pertence.
Não se pode votar por amizade, ou pela pessoa da mesma igreja. Não se pode votar no partido ou na pessoa que na prática não luta pelos interesses do povo injustiçado.
Nenhuma Igreja ou pastoral pode ter candidato próprio, deve educar para a política. Todo candidato imposto, de direita como de esquerda, é um ato de dominação.
Não se pode votar em quem só fala bem, faz grandes promessas ou se diz cristão: temos de olhar os frutos da prática.
Não se pode votar num partido ou numa pessoa que deixa as coisas como estão ou que quer pequenas mudanças deixando as injustiças como estão. O bom médico não é aquele que bota panos quentes, mas aquele que vai à raiz do mal e sara o doente. A situação do nosso país exige "mudanças profundas, urgentes e radicais".
"Os programas de governo e dos partidos" e sua prática não podem ser fechados mas devem ser abertos "ao debate, à crítica e à participação do povo, que não é mero eleitor, mas sujeito da democracia".
O candidato, portanto, deve:
· pertencer a um partido que já luta para mudar a situação da vida do povo injustiçado,
· ser indicado pelo núcleo do partido,
· ter boa vontade não é suficiente, deve ter prática e formação política,
· não seja assistencialista e individualista, mas que saiba ajudar o povo a se organizar e exigir seus direitos.
Ninguém confia seu filho doente a qualquer médico. Assim não podemos confiar nosso país a qualquer político. Antes de votar devemos conhecer os projetos políticos dos partidos e dos candidatos e a prática deles.
Para conhecer melhor os partidos e os candidatos é bom debater com amigos para esclarecer junto as dúvidas.
Votar em branco, nulo ou não votar é fazer como Pilatos que se lavou as mãos, mas quem pagou o pato foi o inocente.
A propaganda política da TV valoriza muito a eleição do poder executivo (prefeito, governador, presidente) e pouco o valor do poder legislativo (vereadores e deputados). O que nós pensamos sobre isso?
Os politiqueiros depois das eleições param para esperar as próximas eleições. Os verdadeiros políticos continuam a lutar pelos direitos da vida do povo nas várias organizações eclesiais, populares, sindicais e partidárias.
Quem não se engaja na política faz o jogo do opressor e nega o amor ao próximo. Hoje amar o próximo com esmola é ofender o cidadão e manter as causas da opressão e de morte. Política não é só votar, como querem os partidos, política é colaborar constantemente para criar um novo projeto político capaz de criar uma sociedade sem excluídos.
Bom cidadão é quem participa agora, nas eleições e depois. Dialogando com os outros descobrimos nossos direitos e o jeito de melhorar nosso país.
Muitas pessoas estarão indignadas por vários motivos. Muitos outros se desligaram do partido e da militância.Tudo isso é justificável. O cidadão não pode, porém reduzir a política às eleições. Além das eleições há várias maneiras para nós colaborarmos no mutirão de um novo Brasil. Há muitos movimentos sociais que lutam pela vida e que esperam nossa participação.
A maioria fala de política som em tempo de eleições. A verdadeira política é lutar o tempo todos para o bem do povo especialmente dos excluídos.
A coisa mais importante é cobramos os nossos direitos dos políticos e não receber esmola ou migalhas.
Os políticos são empregados do povo, por isso devemos exigir deles projeto escrito para depois cobrarmos deles as promessas.
Por favor debata isso com os outros e me envie sugestões.


DIVINO NUNES MESQUITA, é Engº. Agrônomo, Presidente da AUTP-AC.., Cel (68) 9989-6079 email: dinme@agronomo.eng.br







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