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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A castração sob a ótica do abandono - Adotar e Amar

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Enviado para você por sweetygirl através do Google Reader:

 
 

via = Tudo Gato = de Lauesg em 25/11/10

Esta é a nossa segunda coluna no Tudo Gato e a minha estréia por aqui. Desde a primeira postagem havíamos decido que neste segundo momento iríamos falar sobre posse responsável. E este é definitivamente o assunto sobre o qual vocês mais vão nos ver falando. Por quê? Porque todos os dias animais são abandonados, ou morrem por falta de cuidados veterinários, ou doenças que poderiam ser prevenidas, atropelamentos, maus tratos, enfim. Nós íamos falar sobre posse responsável de um modo geral, para depois entrarmos em aspectos específicos, mas depois das duas postagens sobre castração da Dra. Alice (parte 1 e parte 2), resolvemos pegar o gancho e focar nesse assunto também; assim poderemos esgotá-lo.

Filhotes abandonados no CCZ
Então, depois de um cursinho intensivo sobre castração sob o aspecto clínico na coluna "Dia de Veterinária" (assim que eu decorar todos os aqueles termos técnicos quero meu diploma, hehe!), vou falar sobre castração sob o ponto de vista do abandono e da posse responsável. Isso porque acreditamos que castrar é sim uma atitude responsável.

Sem dúvida alguma a principal causa de haver tantos animais abandonados é a reprodução desenfreada e, na maioria das vezes, indesejada. Quem já não viu uma ninhada de gatinhos em uma caixa de papelão deixada na rua, na porta de algum comércio ou residência (e é claro que eles não entraram nessas caixas sozinhos...)? Ou não conheça alguém que, por algum descuido, deixou seu animal cruzar e simplesmente não sabia o que fazer com as crias? Pois esta situação é mais comum do que muita gente imagina. Uma parcela enorme dos animais que vemos pelas ruas são crias de animais que têm um proprietário. Um proprietário que normalmente não entende a dimensão do problema e, principalmente, não entende que é parte dele. É claro que animais de rua também dão cria, mas numa proporção bem menor, afinal, não é fácil viver por aí, em condições adversas, com pouca comida disponível, quase sempre desnutrido. Por isso mesmo, eles são menos férteis e têm menos chances de manter uma gestação até o final. Além disso, morrem mais cedo e, conseqüentemente, tem uma vida sexual mais curta.

Gata abandonada com os filhotes
Para se ter uma idéia da gravidade do problema, entre outubro e novembro deste ano, tivemos notícia de cerca 30 filhotes de gato precisando ser adotados (tanto através do Miaaudote quanto pelos contatos da Associação Vida). Destes, 7 conseguiram novos lares. O restante, ainda está por aí, a procura de quem os adote (estamos abrigando 3 aqui em casa). Esses ainda podem se considerar gatinhos de sorte, pois alguém se importou com eles. Fora estes, vários outros não vão ter a mesma chance. Recebemos ligações quase que diariamente de pessoas querendo entregar ninhadas inteiras de gatos. Quando falamos que não temos um abrigo de animais, simplesmente dizem que então não podem fazer mais nada (insinuando um final trágico para os bichanos)! E o pior é que mesmo assim não fazem questão de castrar seus animais. Quase sempre, esperam que estes tenham várias crias para só depois considerar tal hipótese.

Isso quando se trata de fêmeas. A castração dos machos normalmente nem é cogitada. Afinal, ele é quem vai atrás da fêmea, não é? E o abacaxi vai ser de outra pessoa! Ao contrário dos cães, onde a procura por adoção de fêmeas é maior, em se tratando de gatos, todos só querem machos. Por que será??

Castrar ou não castrar?
Existem muitos motivos que levam as pessoas a não quererem esterilizar seus animais. Alguns a Dra. Alice já esclareceu em suas postagens: O animal engorda? A fêmea precisa ter uma cria antes de ser esterilizada? A cirurgia é arriscada? Mas há outros:

É contra a natureza! - Antes do direito natural de se reproduzir está o direito da ninhada não ser morta depois. Nós temos o direito de nos reproduzir, mas temos a opção de fazê-lo ou não. Os animais não têm essa opção.

Eles merecem ser felizes, sexo é bom e blá, blá, blá... – Temos uma tendência em humanizar os animais. Quando o veterinário sugere a castração para um macho, por exemplo, o proprietário masculino tende a "proteger-se" como se fosse sugerida para ele mesmo. Os animais não são como nós. Não fazem sexo por prazer, apenas seguem instintivamente as ordens de seus hormônios; caso contrário, fariam sexo mesmo sem estar no cio. Pergunte à Dra Alice como é o rala e rola entre os gatos (a falta de um vocabulário mais técnico me impede de comentar o assunto).

Quero que meus filhos vivenciem o "milagre da vida" (essa é ótima!). - Um bebê animal é um ser frágil e desprotegido que inspira muita compaixão Se você quiser viver em casa esta experiência sublime e ensinar aos seus filhos o respeito pela vida alheia não é necessário que sua gata tenha uma ninhada. Telefone a qualquer associação e acolha uma fêmea prestes a dar a luz ou já com sua ninhada. Você poderá cuidar deles até que possam ir para adoção. Será uma experiência duplamente gratificante: a da nova vida e a da generosidade para com os animais abandonados.

Mas eu gosto tanto de meu bichinho! Queria ter um filhote igual a ele. - Nenhum filho do animal vai ser a sua cópia. Cada animal é único e com personalidade própria. Além do mais, uma cria não gera apenas um filhote. Se sua gata tiver uma ninhada de 6 filhotes, você não vai ficar com todos, não é mesmo? Mesmo que se consigam bons donos para eles, não é possível garantir que as crias destas crias não virão a ter outras crias e que terão sempre bons lares, donos responsáveis e nunca serão vítimas de abandono. E a responsabilidade será, em primeira instância, sua.

Prontos para a adoção!
O fato é que precisamos que o governo invista maciçamente em campanhas de castração sim. Isso é um ponto. Mas as pessoas também precisam entender que, ter um animal de estimação envolve não só a responsabilidade para com esse animal, mas também a responsabilidade social de garantir que ele também não venha a contribuir, direta ou indiretamente, com o aumento de uma população já imensa de animais abandonados.

Beijos a todos!

Carol.
http://miaaudote.blogspot.com/
twitter: @miaaudote

 
 

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